Termos semelhantes:
Neoplasia de mama, Tumor maligna de mama, Câncer mamário.
O câncer de mama é o tumor maligno mais frequente entre as mulheres. Caracteriza-se pela proliferação anormal, de forma rápida e desordenada, das células do tecido mamário e caso suas células não sejam controladas, podem crescer e invadir tecidos e órgãos vizinhos, eventualmente se espalhando para outras partes do corpo.
Esse comportamento da doença se desenvolve em decorrência de alterações genéticas. Mas isso não significa que os tumores da mama são sempre hereditários, são conceitos diferentes. As alterações nos genes, chamadas mutações, podem ser herdadas (casos dos cânceres hereditários) ou adquiridas.
O câncer de mama hereditário corresponde a cerca de 5% a 10% dos casos, ou seja, a pessoa já nasce com a mutação que predispõe à doença e geralmente envolve parentes de primeiro grau da mesma família. Portanto, 90% dos casos de câncer de mama não têm origem hereditária. As alterações genéticas adquiridas podem ser determinadas por vários fatores, entre eles: exposição a hormônios (estrogênios), irradiação na parede torácica para tratamento de linfomas, excesso de peso, ausência de atividade física, excesso de ingestão de gordura saturada e álcool.
Há vários tipos de câncer de mama e a evolução pode variar de acordo com as características do tumor. Alguns vão se desenvolver de forma rápida e agressiva enquanto outros são mais indolentes e podem levar anos para evoluir.
Felizmente, na maioria dos casos o câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, aumentando as taxas de cura as custas de tratamentos menos agressivos. Todas as mulheres, independentemente da idade, devem ser estimuladas a conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres, daí a importância do auto-exame.
Principais sinais e sintomas do câncer de mama:
- Nódulo palpável fixo e indolor (presente em 90% dos casos onde a doença é percebido pela própria paciente)
- Pele da mama com área avermelhada, retraída ou com aspecto de casca de laranja
- Retração ou alteração no mamilo (bico do peito)
- Nódulos palpáveis em axila, próximo à clavícula ou pescoço
- Saída espontânea de líquido pelo mamilo
Qualquer alteração percebida pela mulher deve ser investigada o quanto antes pela mastologista. É colhida a história desde o aparecimento do sintoma, realizado um exame clínico das mamas e axilas e solicitados exames como mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética. A confirmação do diagnóstico, porém, só é feita por meio da biópsia, onde é retirada uma parte da lesão por punção ou cirurgia, e enviada para ser analisada pelo patologista.
O tratamento do câncer de mama vai depender da fase em que a doença é diagnosticada e do tipo do tumor. Quanto mais no início a doença for detectada, menos agressivo tende a ser o tratamento e maior a chance de cura. As armas de combate à doença incluem cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica (terapia alvo), sendo que essas opções vão ser consideradas de acordo com as características do tumor e da própria paciente.
Recomenda-se que as mulheres façam o rastreamento do câncer de mama iniciando aos 40 anos com avaliação médica e realização de mamografia anualmente. Em mulheres com fatores de risco o rastreio deve ser iniciado de forma mais precoce e com intervalos menores, sendo que os exames e seguimento será definido de forma individual para cada mulher.
Fatores de risco:
- História familiar de câncer de ovário
- Parentes de primeiro grau com câncer de mama, principalmente se antes dos 50 anos
- História familiar de câncer de mama em homens
- Alteração genética comprovada, principalmente nos genes BRCA 1 e BRCA 2
É importante ressaltar que não ter amamentado não é fator de risco para câncer de mama. Amamentar é um fator de proteção para o câncer. Logo, o não aleitamento promove a perda de um fator de proteção, o que é diferente de significar fator de risco.
Considerando que cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com adoção de hábitos de vida saudáveis, é fundamental ressaltar a importância da prática de atividade física, da alimentação equilibrada, da manutenção do peso adequado, evitar consumo de bebidas alcóolicas e, claro, acompanhamento regular com a mastologia.