O líquen escleroso vulvar é uma doença de causa provável autoimune agravada por fatores como estresse e infecção. O prejuízo na qualidade de vida é enorme, impactando na vida sexual significativamente e causando coceira e desconforto do dia-a-dia. 3% da população feminina é acometida por essa doença., ou seja, é muita gente. Muitas mulheres sofrendo com sintomas e sem o diagnóstico adequado.
O novo conceito de tratamento são as abordagens com uso de Tecnologia térmica, Biológica e a Cirurgia primária em paciente sem resposta ao primeiro ciclo de corticoterapia . As pacientes que chegam para meu acompanhamento geralmente já passaram por muitos profissionais e por isso estão em processos mais avançados da doença.
Pode ser assintomática ou ter sintomas similares a candidíase o que retarda o tratamento.
Principais sintomas:
- Prurido noturno.
- Irritação local.
- Dor crônica vulvar.
- Dor na relação sexual, por estreitamento vaginal, perda da elasticidade, ressecamento e formação de fissuras.
- Desconforto ao urinar quando há obstrução parcial da uretra com o fechamento dos pequenos lábios.
- Incapacidade de sentir orgasmo com penetração vaginal, sexo oral e até mesmo com masturbação.
Evolução da Doença:
- Formação de placas hiperceratóticas.
- Progressão de cima para baixo formando lesão em 8.
- Desaparecimento das estruturas anatômicas.
Em casos avançados ocorre atrofia e esclerose o que gera reabsorção dos tecidos com perda da anatomia redução dos pequenos lábios, fimose clitoriana, estenose de intróito vaginal e estenose de canal anal.
É uma doença inflamatória crônica do tecido conectivo atingindo a epiderme derme causando deformidade dos tecidos.
A Biópsia é obrigatória em áreas nodulares, ulceradas e atípicas com seguimento anual com vulvoscopia.
Tratamentos
- Corticóide de alta potência como clobetasol.
- Radiofrequência Microablativa, em média 3 sessões.
- Laser, em média 3 sessões.
- Plasma Rico em Plaqueta (PRP).
- Cirurgia associada a hidrodissecção com PRP ou ácido hialurônico não reticulado e Debridamento para casos avançados que envolvam:
- Estenose de introito vaginal
- Aderência de pequenos lábios entre si
- Aderência de pequenos lábios com capuz clitoriano
- Estenose de Meato Uretral
- Fimose Clitoriana ou Enclausuramento do clitóris
- Estenose de Canal Anal, está realizada em conjunto com a Proctologista da Equipe.
- Nanofat, ainda em estudo para definição de protocolo.
- Terapia antioxidante.
Não há tratamento curativo. Os tratamentos tem como objetivo:
- reduzir o número de crises
- alongar os períodos de remissão,
- restaurar a funcionalidade da vulva,
- acabar com os sintomas de dor e ardência.
Os tratamentos são seguidos de manutenção medicamentosa e ciclos de tecnologia anualmente.
O líquen escleroatrófico está associado a via carcinogênica, por isso a preocupação é a transformação maligna para Carcinoma Celular Escamoso, devendo essas pacientes serem acompanhadas por profissional atualizada e experiente para realizar as intervenções sempre que indicadas.
Líquen Escleroatrófico Infantil evolui com coceira, desconforto vulvar, purpura persistente (às vezes confundida com trauma), dor para urinar e evacuar podendo levar a quadro secundário de constipação. Além disso pode apresentar ulceração vulvar e lesões de líquen extra-genitais. Apesar de raro, quando o líquen vulvar ocorre em crianças o diagnóstico costuma ser tardio e causa de grande impacto na criança e família.
Na Equipe do Grupo Elas temos profissionais para cada etapa do tratamento. Realizamos avaliação para indicar o tratamento mais adequado, realizar biopsia e vulvoscopia, além das Tecnologias e Cirurgia Cosmética Genital Avançada com treinamento para Líquen Vulvar.