Incontinência urinária é toda perda involuntária de urina pelo canal uretral. Esse evento pode ter inúmeros fatores desencadeantes. Iremos diferenciar dois principais neste artigo: incontinência urinária de esforço e incontinência urinária de urgência.

Incontinência urinária de esforço é toda perda de urina decorrente de aumento de pressão, como tosse, espirro, risadas ou atividade que leve a realização de prensa abdominal.

Já a incontinência urinária de urgência ocorre uma contração involuntária e não reprimida do músculo que envolve a bexiga, que denominamos de músculo detrusor. Esse músculo deve contrair quando há o comando para desencadear micção. Nessa incontinência, o músculo contrai sem que o paciente faça voluntariamente. Assim, o paciente não consegue controlar e acaba perdendo urina.

Como fatores de risco para a perda urinária aos esforços temos menopausa, número de gestações, tabagismo, sobrepeso/obesidade entre outros. Para a perda de urgência diabetes, obstrução urinária por aumento de volume prostático em homens, doenças neurológicas são alguns dos fatores de risco.

O tratamento é diferente para cada uma das condições. A fisioterapia pélvica figura nos dois cenários como importante método terapêutico e, muitas vezes, resolutivo. Na incontinência urinária de esforço, o sling transobturatório ou retropúbico, com uso de material sintético ou de tecido autólogo, são algumas opções de tratamento. No cenário da incontinência urinária de urgência, tratamento oral associado com fisioterapia pélvica fazem parte da primeira linha de tratamento. Quando não é possível controlar os sintomas com métodos menos invasivos, aplicação de toxina botulínica intravesical e neuromodulação sacral são opções avançadas de tratamento.

Como todo tratamento, há complicações possíveis em ambos cenários. Esse reforço uretral pode ser excessivo, o que em partes depende de características individuais de cada paciente, e ser necessário novo procedimento para liberar o canal. Aplicação de toxina botulínica intravesical, por exemplo, leva a uma diminuição das contrações do músculo o que, em demasia, pode levar a retenção urinária transitória que tende a melhorar a medida que diminui o efeito da medicação.

A mensagem que é importante deixar é que perda involuntária de urina não é uma condição irreversível na maioria dos casos e que é possível devolver qualidade de vida a esses pacientes.

Dra. Rhani Ferreira

Urologista em Brasília, CRM-DF: 21358, RQE: 19329

Urologia

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